domingo, 3 de julho de 2011

Convergência das mídias, cultural e informacional


O que era passivo e pronto, com a evolução da web para web 2.0 tornou-se interativo e passível de construção coletiva, a internet mudou seu foco e passou a preocupar-se com o que seu usuário estava pensando e no que ele queria ler e fazer com a informação obtida, a web passou a oferecer ferramentas que pudessem atender os gostos de cada usuário e seus objetivos.
O surgimento de blogs pessoais foi uma das primeiras coisas que chamou a atenção para o surgimento de uma nova era de disponibilização de vários tipos de informação, as pessoas agora tornam as coisas mais pessoais e relacionam-se com comunidades afins. O aumento da circulação de dados foi expressivo o que gerou mais e mais sites que comportassem cada necessidade diferente de expressão, as chamadas mídias digitais.
Os blogs, os micro blogs, as redes sociais, comunidades virtuais, repositórios de vídeos e imagens e etc. são todos pertencentes a web 2.0 e são formas de expressão e disponibilização de informações.

JENKINS (2009) afirma que invés de falar de produtores e consumidores midiáticos em papéis separados, agora pode-se constatar que trabalham lado a lado podendo ser os dois ao mesmo tempo. A nova web tem como principais características a mobilidade no acesso à informação, a construção coletiva do conhecimento, a cooperação e a convergência das mídias.
Toda essa interação entre as mídias causou no universo midiático uma cultura de convergência, termo apresentado pelo pesquisador do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) Henry Jenkins, em seu livro Cultura da Convergência, onde ele diz que essa ação de convergência é um tipo de mudança na cultura e comportamento das pessoas, onde são estimulados a participar ativamente na construção de conteúdos coletivos e, além disso, fazer conexões entre eles, em um processo único, no cérebro de cada um e por meio da interação social (FANTAUZZI, 2009).
Para Fantauzzi (2009, p.11 ) que discorre sobre o livro de Jenkins:

A essência da convergência encontra-se na maneira como o conteúdo é veiculado e diversos suportes midiáticos, na construção de uma inteligência coletiva - colaboração e no comportamento migratório desses públicos que percorrerão qualquer espaço na procura de experiências de entretenimento que desejam.

A concepção da cultura da convergência e da disseminação de informações estão diretamente ligados, pois transforma o panorama informacional no que diz respeito aos novos espaços e às novas formas de disponibilizar informações.
Concentrar os elementos informacionais para que integrem uma rede completa é convergir mídias que, segundo Castilho (2007) é: “processo de integração, coordenação e combinação de mídias impressas, visuais, auditivas e interativas, num sistema chamado multimídia”. E esse sistema que pode trabalhar para a rápida e eficiente recuperação de informação. 
É imprescindível que quem quiser vencer nessa nossa atual sociedade da informação faça uso dessas ferramentas para ser visto e lembrado perante o mercado e a sociedade. As mídias digitais são subsídios compostos essencialmente por dados, se forem sistematizadas e organizados serão ótimas fontes de informação. A busca por dados, informações e conhecimento são constantes, basta que todos os elementos estejam trabalhando juntos para que o canal de distribuição de informações flua de forma correta e eficiente e encontre seu respectivo usuário.

REFERÊNCIAS

CASTILHO, Carlos. Convergência Multimidia. 2007. Disponível em: <http://jol-assesc.blogspot.com/2007/04/aula-do-dia-254-convergncia-multimidia.html>. Acesso em: 01 jul. 2011.

FANTAUZZI, Elizabeth. Cultura da convergência e a TV Digital interativa: desafios para o design instrucional de cursos a distância mediados pelas TICs. 2009. Disponível em:< http://www.abciber.com.br/simposio2009/trabalhos/anais/pdf/artigos/4_educacao/eixo4_art6.pdf> Acesso em: 01 jul. 2011.

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.



domingo, 26 de junho de 2011

         Microblog também chamado de micro-blogging é uma forma de publicação de blog que permite aos usuários que façam atualizações breves de texto, ficando em torno de 140 caracteres, e publicá-las para que sejam vistas publicamente ou apenas por um grupo restrito escolhido pelo usuário. Estes textos podem ser enviados por uma diversidade de meios tais como SMS, mensageiro instantâneo, e-mail, MP3 ou pela Web. (WIKIPÉDIA, 2011).
         O microblog mais conhecido atualmente é o Twitter com mais ou menos 11 milhões de usuários, seus utilizadores postam atualizações pessoais e visualizam a de seus contatos, podendo ser seguidos por outras pessoas que visualizam suas atualizações e seguidores quando acompanham outra pessoa, o serviço oferecido pelo twitter via web é gratuito (Cardozo, 2009).
         Perante a rapidez e atualização com que as informações fluem no Twitter ele é uma ótima ferramenta para que unidades de informação utilizem seus serviços a seu beneficio. Bibliotecas, arquivos, museus e entre outros podem criar páginas para apresentarem seus serviços, e atualizarem com cada novidade que surja em sua rotina de trabalho, assim como estabelecer uma comunicação ainda maior com seus usuários.

         Um bom exemplo de uso do Twitter é a biblioteca da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO) da UFRGS que atualiza freqüentemente sua página com noticias, serviços, podendo ser acessado pelo endereço: <http://twitter.com/#!/bibfbc>.
         O dinâmico Museu de Ciências da PUCRS não poderia estar de fora do Twitter: <http://twitter.com/#!/MuseuPUCRS>, o Museu é focado em ciência e tecnologia disposto em uma área de 10 mil m2, com 700 equipamentos que os usuários podem interagir (Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, 2011).
         O Arquivo Nacional, com o título Memórias Reveladas também se relaciona com o público no microblog: <http://twitter.com/#!/arquivonacional>          Além desses exemplos, outros inúmeros postos de conhecimento já estão no Twitter, prova que a web 2.0 é essencial para a melhoria dos serviços dessas unidades e da relação com o usuário.




REFERÊNCIAS


ARQUIVO Nacional. Disponível em: <http://twitter.com/#!/arquivonacional> Acesso em: 26 jun. 2011


BIBLIOTECA DA FABICO. Disponível em: <http://twitter.com/#!/bibfbc>. Acesso em: 26 jun. 2011


CARDOZO, Missila Loures. Twitter: microblog e rede social. In: Caderno.com, São Caetano do Sul: USCS, v.4, n.2, p.26-40, jun./dez. 2009. Disponível em: <http://www.uscs.edu.br/revistasacademicas/caderno/caderno_com_v04_n02.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2011.

MUSEU de Ciências e Tecnologia da PUCRS. Disponível em: < http://www.pucrs.br/mct/>. Acesso em: 26 jun. 2011

________. Disponível em: < http://twitter.com/#!/MuseuPUCRS> Acesso em: 26 jun. 2011


WIKIPÉDIA. Microblog. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Microblog>. Acesso em: 26 jun. 2011

________. Twitter. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Twitter>. Acesso em: 26 jun. 2011



sábado, 18 de junho de 2011

REDES INFORMACIONAIS


        As redes sociais e as comunidades virtuais devem ser utilizadas por profissionais da informação para cada vez mais melhorar o fluxo de informações e sanar as necessidades informacionais de seus usuários. Capra (2002, p.267), fala sobre a importância das redes organizacionais quando delineia a importância das redes:

[...] na era da informação – na qual vivemos – as funções e processos sociais organizam-se cada vez mais em torno de redes. Quer se trate das grandes empresas, do mercado financeiro, dos meios de comunicação ou das novas ONGs globais, constatamos que a organização em rede tornou-se um fenômeno social importante e uma fonte crítica de poder.

            Ao construir um perfil para sua unidade de informação em uma rede social e comunidade virtual o bibliotecário, arquivista e museólogo abrem muitas portas para as melhorias dos seus serviços institucionais. As redes e comunidades virtuais atualmente são que há de mais popular e cativante na internet, e nada mais apropriado do que juntar o útil ao agradável. Os perfis podem ser utilizados para apresentar os serviços e ferramentas que a biblioteca, museu e arquivo disponibiliza assim como novas aquisições e entre outros.
            As necessidades informacionais dos usuários podem ser atendidas via online no momento que a unidade de informação disponibiliza espaços para interação entre eles. As vantagens de um serviço desse tipo ser disponibilizado é que o usuário pode a qualquer momento interagir com o ambiente de informação e sanar sua duvida.
         Yamashita e Fausto (2009, p.10) fala sobre as vantagens que as redes sociais  disponibilizam para as unidades de informação:

As redes sociais por serem flexíveis prestam-se a qualquer utilidade para a biblioteca, aumentam a visibilidade da instituição na web, além de permitir a formação de comunidades com interesses em comum a biblioteca, tais como grupos de leitura, de pesquisa, etc. possibilitam a integração de ferramentas da web 2.0 e assim permitem o partilhamento de informações na relação unidade de informação/usuário.


            Serviços de referência online, serviço de mensagens instantâneas, atendimento via e-mail e muitos outros são ótimas alternativas para que a unidade de informação se contextualize na web 2.0 e passa a fazer parte do cotidiano de milhares de pessoas e atenda suas necessidades informacionais.
         Como colocam Tomaél, Alcará e Di Chiara (2005, p. 93) : as redes sociais constituem uma das estratégias subjacentes utilizadas pela sociedade para o compartilhamento da informação e do conhecimento, mediante as relações entre atores que as integram.

REFERENCIAS

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2002.


TOMAÉL Maria Inês, ALCARÁ,Adriana Rosecler,  DI CHIARA, Ivone Guerreiro. Das redes sociais à inovação. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2011


YAMASHITA, Marina Mayumi. FAUSTO, Sibele S. Serviços de informação: tecnologias web 2.0 aplicadas as bibliotecas. 2009. Disponível em:< http://www.followscience.com/library_uploads/abd7fd2d127090df4225d630b2ff55bc/129/servicos_de_informacao_tecnologias_web_20_aplicadas_as_bibliotecas.pdf > Acesso em: 18 jun. 2011